Procissão do Encontro

Às 8h, no domingo de Passos, é realizada a missa com a Imagem do Senhor dos Passos exposta aos fiéis. Os irmãos de Passos que vão ficar no presbitério, ou seja, no altar, vão fazer a “guarda” da imagem. Para guarda, os irmãos, em número de oito, seguram cada um suas lanternas, feitas em latão, com vidro, onde se colocam as velas acesas.  

Às 18h30, do mesmo dia, tem início a Procissão do Encontro. A imagem do Senhor dos Passos sai do Santuário de Nossa Senhora do Rosário em procissão. Nesta procissão, o guião é substituído pelo pendão, que é um estandarte grande, de fazenda roxa com aplicação das letras S.P.Q.R (Senatus Populos Quae Romanus).

“Passos” são pequenas capelas ou altares montados nas residências do trajeto da Procissão, para que durante a romaria, sejam entoados os motetos, que, por sua vez, são um gênero musical polifônico surgido no século XIII, em que inicialmente se usavam textos distintos para cada voz.

Atualmente, a maioria desses passos é montada em determinadas residências onde altares são decorados conforme o gosto do dono da casa, para que sejam executados os motetos, numa espécie de via sacra, onde em cada um, durante o percurso da procissão, são entoados os motetos.

A Imagem de Nossa Senhora das Dores é uma imagem de roca de autoria de Veiga Valle (1806-1874). O cortejo com a imagem dos Passos, segue pela Rua 13 de maio e sobe pela antiga Rua Direita (Rua Moretti Foggia), que dá acesso ao Largo do Jardim (Praça do Coreto).  Quando a procissão se aproxima do Largo do Jardim, no lado oposto, as mulheres seguem com a Nossa Senhora, onde acontecerá o “Encontro”, que acontece na porta do Museu de Arte Sacra da Boa Morte. As imagens são colocas uma de frente à outra. Neste momento, canta-se o moteto “Ò  vos omnes, que significa “Ó Vós todos que passais pelo caminho vê se existe dor, semelhante à minha dor”.  Em seguida, ouve-se o sermão do bispo e logo após, a procissão sege com as duas imagens pela Rua do Horto.